Entendendo o Mito de Perséfone e Hades:

Uma Analogia Simbólica na Jornada de Autodescoberta

O mito de Perséfone e Hades é uma das mais emocionantes histórias da mitologia grega. Longe de ser apenas uma lenda, a história contém ricas analogias simbólicas que podem ser usadas para entender a jornada pessoal de introspecção e transformação, especialmente no contexto da psicologia junguiana.

Coré, filha de Deméter (que é a deusa da vegetação e da fertilidade) e Zeus (comandante do Olimpo). A sua vida muda drasticamente quando Hades, o deus do submundo, a rapta e a leva para o seu reino. Apesar das tentativas de sua mãe para resgatá-la, Coré torna-se Perséfone após aceitar a romã de Hades , e acaba por passar metade do ano no submundo e a outra metade na terra, em um acordo feito entre Demeter e Hades copm a ajuda de Hermes e Hecate. Essas idas e vindas simbolizam a mudança das estações.

A Descida ao Submundo: Nigredo e Momentos de Tristeza

Nigredo, no contexto alquímico, é a primeira etapa do processo de transformação, associada à decomposição ou putrefação. É um período de escuridão e introspecção, semelhante à descida de Perséfone ao submundo. Este é um tempo para enfrentar as sombras, os aspectos ocultos de nós mesmos que preferimos ignorar.

Na psicologia junguiana, as sombras são as partes reprimidas da nossa personalidade, os aspectos que consideramos negativos ou indesejáveis. A descida ao submundo é um convite para mergulhar nas profundezas de nós mesmos, para enfrentar e aceitar nossas sombras.

Este processo pode ser doloroso e triste, como o rapto de Perséfone por Hades. No entanto, é uma etapa necessária para o crescimento pessoal e a transformação. A tristeza e a melancolia podem ser vistas como portais para a introspecção e o autoconhecimento.

O Ressurgimento: Acolhendo as Sombras e a Transformação

Depois de um período no submundo, Perséfone ressurge na terra, transformada. Ela se torna a rainha do submundo, uma figura de autoridade e poder. Da mesma forma, depois de um período de introspecção e aceitação das nossas sombras, podemos emergir com uma nova compreensão de nós mesmos e do nosso lugar no mundo.

Acolher as nossas sombras não significa ser consumido por elas, mas sim integrá-las na nossa personalidade. É um processo de aceitação e reconciliação com os aspectos de nós mesmos que rejeitamos.

A história de Perséfone e Hades nos lembra que a tristeza e a introspecção são partes naturais e necessárias da jornada humana. Ao acolher as nossas sombras e enfrentar a nossa escuridão interior, podemos iniciar o processo de transformação e ressurgir com uma nova compreensão de nós mesmos e do nosso lugar no mundo.

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Um abraço de coração com coração ,

Dra Carla .